An hour in the life
Amanhã o meu Pappy faz anos, então quando saí do trabalho dei por mim numa grande superfície comercial para lhe comprar uma prenda.
Como é aquela altura do mês em que estou mais apertada de dinheiro, decidi contrariar todos os meus impulsos e fui lanchar ao Magnólia, não sem antes comprar o i (sempre disse que o Jornal que se lembrasse de colocar um agrafo no meio para eu não dar em maluca com páginas soltas, seria o meu jornal de eleição).
Sentei-me e só então percebi algo que nunca tinha notado, pelo menos não desta forma tão notória. A minha cabeça pensava em tudo (levar o lixo para a reciclagem, arrumar coisas lá em casa, o raio da conta bancária que não floresce e eu aqui a gastar dinheiro, os problemas de sempre no trabalho) menos em desfrutar aquele momento. Era incapaz de relaxar!
Respirei fundo e consegui pôr o meu cérebro em pausa das questões do dia-a-dia.
Li o Jornal de ponta a ponta, inclusive o suplemento sobre o Campeonato Mundial de Surf em Peniche (finalmente sei o significado de Point- Break, Off-shore e mais umas quantas palavras que já ouvi).
E quando fui a ver uma hora tinha passado!
Eu pensava ser uma pessoa inerte, e fisicamente até sou, mas a minha cabeça está sempre em movimento, o que acaba por causar algum desgaste na matéria cinzenta. Não sei porquê esta preocupação, que creio ser involuntária, de pensar em coisas que não valem a pena.
Uma das minhas músicas preferidas dos Beatles
Comentários
Mas essa dos agrafos realmente marca pontos.
Adoro aniversários de família :)
Grandes Beatles.