I'm Not There...


Alucinante é a palavra que me vem à cabeça para descrever o filme "I'm not there" do Todd Haynes, inspirado na vida e nas músicas do Bob Dylan.
Fiquei fã, desde que o ouvi pela primeira vez, aos meus 13 anos, despertou logo a minha curiosidade para a música dos anos 60.
Aprecio a honestidade e simplicidade das letras e das melodias.
Em determinada altura do filme a personagem diz " Never create anything it wil be misinterpreted", acho que isso aconteceu um pouco com o Dylan.
Por vezes as pessoas procuram significados onde eles não existem, às vezes branco é simplesmente branco e não um sinal de pureza.
Um momento hilariante, pelo menos para mim, foi quando a personagem interpretada pela Cate Blanchett, na minha opinião a melhor interpretação dos alter egos do Dylan, diz : " This is Brian Jones from that covers band".
Outras frases que me ficaram do filme foram:

- " Love and Sex are two things that really hang people up, why that is, I never trully understand"

- " Music is the truly valid death you can feel today.... and like everything in great demand people try to own it.. it is a purity thing, I think its meaningless is holy".

O filme faz alusão ao facto de o Dylan se ter tornado um born again Christian, com o actor Christian Bale, outro alter ego, a converter-se num padre evangélico, na altura, quando soube da notícia, fiquei um pouco estupefacta e pensei cá para mim "o quê??? Este também descobriu a religião, já não bastava a Jane Fonda?!?!", e ao acidente de mota que seria o ponto de viragem na vida deste cantor.

Acaba com um pequeno excerto do grande Senhor a tocar a sua harmónica e os créditos finais têm como música de fundo um dos seus mais famosos temas, Like a Rolling Stone.

Já conhecia a banda sonora, ela reúne alguns dos grandes artistas da minha geração, e conseguem, com estas novas versões, trazer uma lufada de ar fresco às intemporais músicas de Dylan, honrando-as com o devido respeito.




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Comentários

Mokas disse…
tenho que ver....
M disse…
Grande música...
Porque é que já não se faz nada assim?

***
Maria disse…
Mokas eu aconselho :)!Mas eu sou suspeita hehe.
Beijinhos

Med é sim Senhora!!!Acredito que já não se faça nada assim porque hoje em dia as pessoas não têm tantos ideais!
Beijinhos
Ivo disse…
este filme ainda não vi (só um bocadinho na fnac), mas tenho o 'no direction home' do scorcese que recomendo. bjs
Maria disse…
Ivo gosto imenso do Scorcese, estou a ver que tenho de fazer uma visita à Fnac!! Este filme não é documentário,tanto que a personagem principal nem se chama Dylan, mas sim Jack Rollins.
Beijinhos
Lux Lisbon disse…
Amei o filme...o meu bob dylan favorito foi mesmo a cate blanchet! :)
Maria disse…
Lux o filme tem algo que cativa :) e a Cate está divinal, quem diria que seria uma mulher a captar melhor a essência de um homem :).
Beijinhos

Ps: espero que a vida pós-vesicula esteje a correr bem
Mokas disse…
Bem, na verdade é uma Técnica antiga... por essa mesma razão os homens fazem de mulheres na opera de pequim

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