Lá em casa aos sábados comprava-se o Expresso, ou o Espesso como lhe chamava o meu pai, porque por vezes o conteúdo , mesmo bem espremido, era inversamente proporcional ao número de folhas que o jornal tinha. Cada um atacava vorazmente a sua parte. Eu, honestamente, pegava na revista , depois a crónica do Pedro Adão e Silva, sempre na expectativa que escrevesse sobre música como no seu blog ondas ou como falava no programa maravilhoso de rádio o “Quase famosos”. Mesmo durante o tempo em que o meu Pai esteve internado no hospital eu levava o jornal e nós lá distribuímos as secções e ficávamos a ler o silêncio, com o ocasional suspiro , e impropério, do meu Pai. O último que comprei foi no dia 16 de Janeiro, lembro-me como se fosse ontem, na véspera dos 46 anos de casados dos meus Pais. Ele morreria no dia 20 do mesmo mês. Hoje, pela primeira vez dessa data, comprei o jornal. Há rituais que nunca mais serão os mesmos.
Comentários
BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Beijinhos
Sadeek espero que a tua carga laboral esteja mais aliviada :) e que tenhas uma folgazinha brevemente.
Beijinhos
M apesar de o tempo não estar dos melhores ( hoje choveu que se fartou aqui para os lados do Algarve) dá para relaxar um pouco. Espero que estejas melhor :).
Beijinhos
Destino de eleição dos portugueses.
Um beijo e aproveita
Tomé
Ao menos são férias, sempre dá para relaxar.
Não sou de cá, mas se leres a partir de Novembro de 2007 vês que trabalhei cá uns meses. Conheci uns recantos longe dos turistas.
Beijinhos