Psicologia de Algibeira


Já ouvi, e li, várias vezes a frase, " A person is a product of their environment".

Eu não concordo, plenamente, com esta afirmação.

A realidade social onde estamos inseridos, a nossa educação, o nosso passado, as nossas vivências, boas e más, podem nos moldar, mas daí a serem responsáveis por todas as nossas atitudes vai uma grande distância. Acredito que o livre arbítrio é algo intrínseco ao Ser Humano, eu até diria que é isso que nos distingue dos animais.
Uma pessoa pode agir de determinada forma porque foi isso que observou enquanto crescia, mas a partir de certo momento não é ela capaz de distinguir certo de errado?

Olhamos para os casos de abusos sexuais de menores, o exemplo do Carlos Silvino, onde pessoas condenadas destes crimes foram elas próprias abusadas enquanto crianças. Esta foi a realidade que conheceram por isso, quando atingiram uma certa idade acabaram por reagir da mesma forma. Mas nem todos as pessoas abusadas se tornaram abusadoras, pois não?
Existem sempre excepções à regra.



Há muitos anos, disseram-me que eu deveria seguir Psicologia ou Sociologia,e eu, como sou do contra e gostava de números, optei por ir para Gestão, em retrospectiva foi um grande erro. E um erro maior foi não ter mudado de licenciatura, quando a meio do curso realizei que não estava contente.

Ultimamente ando a pensar muito, a equacionar voltar a estudar e inscrever-me em Psicologia, algo me fascina no comportamento do Ser Humano, mas o mais certo é ter outro canudo a decorar a minha estante e não ter oportunidade de exercer.





Comentários

Miguel Bordalo disse…
Eu acho que há muito de onde foste criado. Mas também há muito de onde te encontras, dos amigos que te envolvem, das situações por que passas. Das experiências que tens. O livre-arbitrio é algo tão valoroso como o destino. O presente não se destingue pela liberdade, ou pela inevitabilidade, é o que é, mas sem dúvidas nenhumas que para chegar ao presente não passei pelo futuro, passei pelo passado... Se nada disto fez sentido, ignorar por completo o comentário. Obrigado.
Maria disse…
Miguel,

Faz sentido, eu pelo menos percebi, nem que seja à minha maneira.

E até remato, não esquecer do nosso estado de espírito em determinado momento, porque em 5 minutos muda muita coisa, até a forma de agirmos perante determinada situação. Hoje foi exemplo disso, no que me diz respeito.
Beijinhos
Maria disse…
Mas ( e é o que dá ser interrompida no meio de um comentário) a decisão de agir de determinada forma é sempre, em última instância, nossa!

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