Nas nuvens



Ultimamente as coincidências são uma constante. Achei piada ao facto de hoje, no meio de um zapping televisivo, ver um filme de que me tinham falado recentemente. 
A minha capacidade de adivinhar o rumo de certas personagens não me desiludiu, claro que ela só poderia ser casada.

Fiquei a pensar que gostaria de recomeçar. De voltar aqueles pontos-chave da minha vida e ter feito as coisas de outra maneira, ter tomado outras decisões, aproveitado mais e não me ter preocupado tanto com assuntos que hoje considero superficiais. 
No meio dos despedimentos colectivos, recordei-me que nunca soube o que queria fazer na vida. O meu trabalho é um meio de subsistência.
 
Desconfio que tenho algum conforto profissional porque lido com os problemas dos outros e não tenho de encarar os meus. Mas será que são problemas ou apenas questões existenciais, trivialidades? 
O filme acabou por me fazer reavaliar a minha vida e a solução é escrever estas linhas, varrer as palavras para debaixo do tapete e ignorar o assunto. 
Alguém me disse recentemente que haveria de chegar o dia em que iria quebrar, e não duvido que isso aconteça, mas hoje não vai ser esse dia, tenho uma pilha de roupa para passar a ferro.




Comentários

Miguel Bordalo disse…
Este foi o post mais genial que li nos últimos tempos. E quem concluí assim um texto não pode quebrar coisa nenhuma.

Estás óptima! A gargalhada que eu lancei!
Maria disse…
Miguel,

a realidade tem uma maneira muito peculiar de nos fazer acordar para a vida.
Para a próxima convido-te para passar a ferro comigo e rimos os dois hehe
Obrigada pelas palavras.

Beijocas

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