espelho retrovisor

 O ritual de saída começa a ser igual. Colocar bata e máscara cirúrgica, logo em cima outra FFP2 para abraçar a minha mãe quando me venho embora! 

Já sei que ela se vai agarrar e todo o cuidado é pouco com uma doente com enfisema pulmonar! O mais engraçado é que depois sou eu que não a consegue largar. Gosto de a sentir perto, de a ouvir respirar, de lhe apertar os seus 40 quilos de ossos porque não se alimenta bem! 

Porque tenho sempre receio que este seja o nosso último abraço! Controlo a entrada dela em casa pelo espelho retrovisor e quando chego à curva começam-me a cair as lágrimas! 

 

 



 

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